Porto, 30 de Dezembro de 2010
Amo Bispo Carlos Filipe Ximenes Belo (liman los) no DR.Jose Ramos Horta (liman karuk) iha ceremonia simu Premiu Nobel Dame, Oslo 10/12/1996 (foto. Dok) |
Todos os anos, no dia primeiro de Janeiro, a Igreja católica celebra o Dia Mundial da Paz. A Paz é um bem para a humanidade, por isso, a Igreja não cessa de falar neste tema. Uma primeira compreensão da paz tem a ver com ausência da guerra, de violência e de conflito. Onde há guerra não paz. E quando reina a paz não há guerra.
Dizem os historiadores que ao longo de 6 mil anos da história (4 mil a. C até ao dia de hoje) o mundo só terá conhecido 300 anos de paz, tendo-se travado umas 14.000 guerras, onde teriam perecido três mil milhões de homens. Só no século XX, nas duas guerras mundiais, a primeira (1914-1918) e a segunda (1939-1945), morreram 32 milhões de soldados, 20 milhões de idosos, mulheres e crianças pelos bombardeamentos e radiações atómicas, 20 milhões nos campos de concentração, sem contar milhões de mutilados e feridos, de órfãos e sem abrigo.
Na guerra moderna, é habitual recorrerem-se aos armamentos mais sofisticados. No ano de 1980 o mundo gastou mais 600 mil milhões de dólares, despendendo-se cerca de 1 milhão de dólares por minuto. Um porta-aviões equipado com aviões e navios escolta quanto não custa? Segundo dados da UNESO, os gastos com um bombardeiro último modelo, bem equipado, equivale ao salário de 250.000 operários, às despesas para construir 75 hospitais com cem camas cada uma, à construção de 30 escolas com 1000 alunos, ao preço de 50.000 tractores. E qualquer destes aparelhos da guerra pode ser destruídos em minutos, podendo perder-se em poucas horas, somas incalculáveis de dinheiro que alimentaria durante anos os países mais pobres! Mas, para que a guerra?
Mais, em todo o mundo, mais de 50 milhões de pessoas trabalham em fábricas de armamento (metade são soldados). Todos os químicos, biólogos, astrónomos, etc, que trabalham em armas, se dedicassem ao estudo de novos produtos alimentares, ao aperfeiçoamento da medicina, ao controlo dos ciclones, dos tsunami, já teriam acabado com a fome no mundo, o cancro e a sida seriam debelados, evitar-se-iam cataclismos e destruições…
Fala-se muito de paz; organizam-se congresso sobre a paz, a justiça, os direitos humanos, mas as guerras continuam a persistir neste século XXI. Temos os casos de Afeganistão, Iraque, Somália, Congo. Há conflitos na península coreana (Coreia do Norte e Coreia do Sul), etc. Mas, quando se fala de guerras não só se aborda a guerra ou conflito armado entre dois estados, entre nações ou regiões. Há outros tipos de conflitos: terrorismo, tráfico de drogas, pobreza extrema, injustiças, racismo, discriminação religiosa, cultural e étnica, etc. Para contrapor a esta situação, só um remédio é possível: a PAZ. É uma palavra pequena, formada só de três letras, mas ela é tão bonita, é tão singela, tão desejada e tão difícil. Que é a Paz?
Santo Agostinho, um bispo do século IV, deu uma definição que se tornou clássica: “A Paz é a tranquilidade na ordem”.Uma ordem nova e renovada, na família, na escola, na vila e nas cidades, nas nações e no mundo. Que no novo Ano de 2011, esta “tranquilidade na ordem” reine em Timor-Leste!”
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